Hoje vou contar uma pequena história para quem tem paciência de acompanhar esse espaço e também para quem caiu aqui por qualquer motivo.
Há uns vários anos atrás, em algum momento entre 2013 e 2015, criei uma série literária antológica chamada “Labirintos do Coração”. Formada em sua maioria por textos no formato de novela, busco trazer um olhar leve e atual para a paixão romântica, distante de qualquer idealização para os relacionamentos.
A minha proposta com a “Labirintos” é mostrar que um grande amor supera toda e qualquer dificuldade, independente de ser entre mulher e homem, entre homens ou entre mulheres. Os ingredientes principais das histórias são a sensibilidade e a gentileza que todos temos, mas que cada vez parecem esquecidas ou deixadas de lado por medo, insegurança, trauma e tantas outras questões tão comuns hoje em dia.
Essa série ficou em gestação por algum tempo, não conseguia chegar em um tom que satisfizesse as exigências do meu processo criativo. Em 2015, Sarah Brightman lançou a versão demo de “Sky and Sand” em um box digital limitado, música que ganharia o mundo oficialmente em 2018 no álbum “Hymn”:
Voltando um pouco no tempo, após o lançamento da versão demo de “Sky and Sand”, Roxette lançou a faixa “It Just Happens” e as duas canções juntas começaram a abrir caminhos no meu processo criativo que nunca havia desbravado até então.
Pouco depois do lançamento oficial de “Sky and Sand” em 2018, publiquei minha primeira história dentro da série, um romance escrito em 2005 ou 2006, mais ou menos. Percebi, então, que toda essa salada musical era uma das chaves que faltavam para abrir o baú criativo para continuar o projeto e consegui fazer algumas conexões e desenvolver ideias, mas ainda faltava algo.
Corta para 2022 e, após ser demitido de um trabalho, vivenciei aquela máxima do “quando uma porta se fecha, uma janela se abre”. Assim que comecei a enxergar as possibilidades que se abriram, escrevi seis histórias, duas delas em apenas uma semana cada. Desta forma, “Labirintos” começou a ganhar forma.
A oitava história não fluiu muito bem a parei no capítulo dois. Tentei prosseguir, e não deu certo. Comecei, então, a escrever “Coisas da Vida”, uma saga literária inspirada nas nossas vidas reais que atualmente conta com mais de 75 capítulos, sem previsão de término e ainda em processo de escrita. Não vou entrar em detalhes sobre o processo criativo de “Coisas da Vida” pois isso merece um texto à parte pois a ideia vem de algum tempo. Muita coisa aconteceu ao longo do tempo e contar tudo neste momento prolongaria este texto além do necessário.
Recentemente estava a caminho do trabalho e a sétima história começou a se desenhar enquanto ouvia “Sulla Porta”, do cantor italiano Frederico Salvatore:
Hoje, enquanto voltava do mercado, outra conexão automática se formou com “120… 150… 200 km por hora”, canção de Roberto Carlos interpretada por Marília Pêra no especial “Elas Cantam Roberto”, em uma versão icônica, inesquecível e, na minha opinião, definitiva:
E, aos poucos, a oitava história da minha série antológica começa a ganhar forma, novas conexões vão sendo formadas e eu não vejo a hora de ver onde tudo isso vai me levar.
Seja o primeiro a comentar